domingo, 14 de março de 2010

simplesmente seja...

que sejas doce, sempre, assim como és agora...

doce na tristeza, no cúmplice olhar, na constante inconstância,

que sejas doce na dor, na presença, no amor, e no tão recorrente abandono

que até o vazio causado pela sua ausência seja doce,

como a doce nota que só tu consegues dedilhar

na tentativa de acalentar as (minhas) dores

que sejas doce, até mesmo, quando resolver me deixar

e permitir que todo o mundo perceba, note e aplauda sua doçura

e que até o amargor da saudade contenha suas pitadas nostálgicas de docilidade,

que sejam doces as lágrimas geradas pela emoção dessa sensação degustada pela minha alma...

que tudo, enfim, tenha a doçura gerada pela tua presença.

sem esquecer que até mesmo as separações,

os voos, as dores têm, guardam e trazem em si suas doçuras,

para que o amargor das desilusões não torne impraticável o ato de viver.



por mim (ou melhor: de mim)