que sejas doce, sempre, assim como és agora...
doce na tristeza, no cúmplice olhar, na constante inconstância,
que sejas doce na dor, na presença, no amor, e no tão recorrente abandono
que até o vazio causado pela sua ausência seja doce,
como a doce nota que só tu consegues dedilhar
na tentativa de acalentar as (minhas) dores
que sejas doce, até mesmo, quando resolver me deixar
e permitir que todo o mundo perceba, note e aplauda sua doçura
e que até o amargor da saudade contenha suas pitadas nostálgicas de docilidade,
que sejam doces as lágrimas geradas pela emoção dessa sensação degustada pela minha alma...
que tudo, enfim, tenha a doçura gerada pela tua presença.
sem esquecer que até mesmo as separações,
os voos, as dores têm, guardam e trazem em si suas doçuras,
para que o amargor das desilusões não torne impraticável o ato de viver.
por mim (ou melhor: de mim)